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Letrinhas do RDB

Volta ao tempo na alça de um troféu

  • Foto: Arquivo pessoal - O troféu que marcou o início de minha carreira no jornalismo

Um troféu sempre simboliza conquistas. Talvez no meu caso a ordem seja inversa. Olhando no espelho do tempo, posso identificar que um símbolo é que foi o meu ponto de partida para correr atrás de uma realização pessoal e profissional. Se fui merecedor de uma conquista isso só eu que não tenho condições de avaliar.

A entrada na faculdade em Curitiba, mesmo sendo pública, esbarrou na ausência de recursos financeiros para os complementos da vida cotidiana. A alternativa foi ficar em casa com todas as letras. Nem por isso, não deixei adormecer a vontade de atuar num setor tão instigante como é o jornalismo.

A partir daí que em 2 de agosto de 1975 (num sábado) parti em busca de uma porta que se abria através da necessidade do Jornal de Joinville (órgão dos Diários e Emissoras Associados) tinha para preencher uma vaga de repórter.

Estava cedinho no casarão da avenida Procópio Gomes, 848. A recepção foi por conta de Harry Friedrichsen, visto de perto por Aguinaldo Nunes. Mas era preciso esperar pelo chefe de redação Toninho Neves, que chegou voando com seu Gordini quase perto das 11 horas.

Em menos de uma hora estava com o teste feito e com a recomendação: "Nada de escrever palavras difíceis. Escreva de forma simples para o leitor ter facilidade de entender," ensinou Toninho. Dali sai com a aprovação do chefe e iniciar na segunda-feira como repórter do JJ - uma honra imensa para um aprendiz de jornalista, que tinha em seu currículo algumas crônicas publicadas no concorrente.

Uma semana depois tinha a tarefa de ouvir o jovem dirigente João Gaspar Rosa, que assumia a presidência do Fluminense do Itaum com a proposta de iniciar uma nova fase no Tricolor. Desta maneira que ganhei um grande troféu e que foi o símbolo do meu início na nova vida profissional - o caneco do baile de chope do Fluminense, que havia ocorrido dois dias após da entrevista com Gaspar.

O símbolo, o meu primeiro troféu, está exposto em minha casa e bem cuidado, da mesma forma que tive o cuidado ao chegar a meus 48 anos de profissão.

O troféu que marcou o início de minha carreira no jornalismoFoto: Arquivo pessoal

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Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de “Glória´s do Menino Jornalista”, uma coletânea com mais de 600 textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem vindos.

Aguardo seu contato para prestar mais detalhes, através do e-mailrdbjoinville@gmail.com

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